Contato com o texto (09/11)
No dia de hoje reservamos primeiramente para conhecer a nova integrante da equipe, Mariana Costa, figurista que contribuirá para o processo. Depois da integração com o grupo, iniciamos a se aquecer, primeiramente o corpo e seguido da voz. Com isso, os atores e a atriz teve contato com o texto modificado, realizando uma leitura dramática para reconhecer as mudanças. Comentaram que comparado ao anterior, ainda que mantida a estrutura e as mudanças tenham sido mínimas, o sentido de certas coisas mudaram.
Percebo a partir da passagem da primeira cena e da segunda os pontos que precisarei trabalhar com os atores e me ponho a perguntar como Eugenio Barba faz em seu livro "Queimar a casa- origens de um diretor": "como diretor, como eu interferiria nas ações do atores?" (p.38). Visto que possuíam certas dificuldades, principalmente com a voz e relação a referencial da personagem que advém de uma religião, como poderia fazê-los expandir seus corpos e suas vozes.
A partir desse momento começa a aparecer o que é ser diretor e desmitificar certas coisas. Contribuir para o processo daqueles artistas, os comentários seriam como certo ajustes, como um professor que pretende colaborar no processo e na construção de um aluno. Porém, demonstrar, apontar possibilidades não é retirar o poder de criação, mas potencializar aqueles levado pelos próprios.
Diante disso, com um local prévio, Grande Hotel, começamos a imaginar possibilidades nas cenas. Como posições dos atores, movimentações, musicalidades e trabalhos como potência vocal, algo que terei que buscar ampliar neles, para que a voz deles ocupem todos os espaços. Notando todos esses fatores, compreendo que preciso definir certas coisas para poder avançar, assumir as linguagens e atravessamentos que temos em nossos processo é ter um ponto de partida, então ponho a pesquisar sobre o teatro ritual, Brecht, além daquilo que os próprios atores e a atriz pediram, contribuir para desconstruir e construir vocalmente.